É uma fixação, um clichê. A tradição judaico-cristã demanda que o tamanho de seus atos seja proporcional a quantidade de sacrifícios e provações envolvidos. Pessoalmente, acho isso uma balela, pois acredito muito mais que tal valoração não deveria ser ligada a dor e sim pelo bem trazido a um grupo de pessoas. Pensando assim, uma operação mesmo que ariscada como a gastroplastia, está longe de ser um sacrifício. Interessa a mim e as pessoas a minha volta. Como nepotismo não enobrece ninguém, não há sacrifícios mesmo.
Acho que o pulo do gato para esta operação começa na preparação, eu errei em envolver minha família tardiamente, demorei a ir regularmente as reuniões e consequentemente, demorei a engrenar em uma dieta regular. Fiz algumas despedidas pantragüélicas. Felizmente, me acertei no último trimestre, comecei a tomar sopas, envolvi meu Pai em consultas e reuniões de grupo.
As reuniões são muito importantes, pois ali apesar de muitas diferenças a compulsividade alimentar é comum a todos. Alguns comportamentos adictos são relatados em todos os encontros. Comprar sorvete as 2 da manhã (pote de 2l, é claro), bater um bolo e detoná-lo ainda quente, estabelecer recordes em rodízios de pizza e em cinturinha de abelha fazem parte da rotina de pessoas com delta de massa maior que 20 Kg! Quando a esquisitice lateral é compatível, estabelece um enlace, um conforto comum.
Depois de operado, não aconteceu nada muito além do comum. Minha fimose com 11 anos de idade sempre será a cirurgia mais traumática daminha vida. Quando lembro da lavagem e dos curativos nada pode ser mais doloroso.
A UTI foi o mais difícil, pois o tempo não passa lá dentro. As 12 horas ali, foram muito maiores que 72h no quarto.
A perda de peso compensa em muito as privações de comida e mastigos afins.
Pra não ficar só nas churumelas, no próximo post falo do ggde susto: o Churume!
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