Grilo é uma gíria datada, ligada a uma murrinha de pensamento. A imagem, ou melhor mesmo o som do bichinho fazendo cri cri em sua cabeça. Qto mais grilos, maior a sinfonia desconexa de cri cris dentro do crânio.
Gordo é um ser grilado. O q segura a onda nestas horas é o gostoso, o quente, o geladinho, o crocante, o doce e o salgado. Tudo goela abaixo, parando direto em pontos de acúmulo padrão. Panças, coxas, bundas e cartucheiras agradecem.
Ok, isso é sabido, mas agora,depois de operado, tem a cigarra. Nào tem mais como encher o estomago de açucar e gordura trans, há q se desenvolver outros meios de abafar grilos e outros ruídos mentais. O paradoxo é q esse desenvolvimento em si pode ser ruidoso.
O lance é reconhecer o medo nesse processo, o medo de uma nova condição, o medo de enfrentar uma crise sem velhos companheiros. Pois bem, lembrar do q estes companheiros fizeram com o corpo aliado, é como ter consciência de q estes excessos de prazeres da oralidade foram vãos, estufaram o estomago e o corpo, deixando sempre as coisas piores. Os grilos paravam momentaneamente, mas depois procriavam furiosamente no oco da cabeça.
Enfim, o lance é encarar os grilos, dormir com eles. Eles sempre estarão por ai.
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