Outro dia eu tava lendo uma crítica ao ALGOLAGNIA, o pau desceria, pois no primeiro parágrafo o cara pedia quase que desculpas, que achava louvável o abordar tal tema, de que não sabia ao certo quanto de grana foi gasto no projeto mas... aí marreta a marretinha. Gostei da maioria das críticas, algumas até já bem assimilidas após dois anos de distanciamento do filme. Algumas no entanto não descem, um exemplo é aquela que bate naquilo que nào existe no filme: "eu acredito que faltou depoimentos de especialistas". Ora bolas, falar naquilo que faltou não faz parte do jogo, é crítica de realizador. Guarde-a no seu bolso e qdo fizer seu filme não deixe de fazer uso desta sugestão. Acho que este tipo de pensamento, acaba permeando a todos nós. É facil ver numa conversa informal alguém dizer que faria tal coisa de determinada maneira. Mesmo coisas totalmente fora de seu conhecimento ou realidade.
Assim é o reino da gastroplastia. Eu resolvi explaná-la desde algum momento lá atrás de maneira tal que todo mundo ligado a mim real e virtualmente soubesse. Poderia ser outra coisa, mas não foi. Tenho registrado em fotos e vídeos a aventura dos pontos, os sustos e tantas outras coisas.
Tive algumas reações clássicas: Po, mas vais operar agora no NATAL? Acho que vc não precisa? É tava na hora? Tenho uma amiga que fez e tá super bem? Sabe se vai se aberta ou fechada? Anestesia geral, Raqui? E algumas outras. Nas reuniões do grupo, vc vê sempre estas questões e suas variantes.
A descisão de fazer ou não é de foro do médico e do paciente, os meios da realização da equipe e ao paciente cabe seguir as regras do jogo, inventar algo nesse momento é um risco muito grande. É quase que propor algo que nunca esteve lá. Não há justificativa pra isso.
Um mes antes de operar, eu pintei o meu muquifo de verde. Esperança. O cara que fez o serviço pediu marca de tinta, quantidade e acessórios. Tremendo profissional, em 4 dias resolveu o muquifo green, com direito a teto branco e ton sur ton nas paredes. O cara usou rolos e pincéis variados, tudo dele próprio.
Pois bem, não que eu seja uma parede (as vezes minha sensibilidade é até menor) mas uma vez decidido operar, não mais me interessou saber detalhes de Anestesia e Técnica. Isso não era variável explícita em meu raciocínio. A mim cabia apenas saber o que eu deveria fazer para sofrer o menos possível no Pós-operatório próximo e também distante. Questionei algumas coisas, recebi algumas explicações plenamente convincentes.
Passei a mandar sopas e sucos com mais freqüência, inhame e batatata baroa, descobri o suco de aipo com cenoura na centrífuga entre outras. Reduzi, bastante a ingesta de gorduras saturadas. Descobri o sorbet de frutas congeladas com Ades light qquer sabor. Vai voltar em breve a minha vida, assim q eu sair desta fase líquida.
Enfim, decidido operar esperneie um pouco, mas no fim não dá pra inventar método, ou procurar outro. Não dá para improvisar neste momento. Apesar de aguardar ansioso o Gatorade sabor rabanada.
Feliz Natal a todos com brinde de água de côco.
Um comentário:
"Não, a vida não me desapontou! Pelo contrário, a cada ano a acho mais rica, mais desejável e mais misteriosa - desde o dia em que veio a mim a grande libertadora, essa idéia de que a vida podia ser uma experiência daquele que procura o conhecimento - e não um dever, não uma fatalidade, não um engano!" (Nietzsche_A Gaia Ciência)
Seria , talvez , uma boa resposta para o fogo amigo, as criticas ruins e até mesmo para a anestesia...rs
Feliz natal.
Bjks , Sir. Doidão
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