Ah sim, mochilinha de ataque, pochete charmosa e cantis. Para os pés duas meias por muda de roupas, bota e crocs. Mochilão com quase 15Kg.
As sete e meia no ponto de encontro, as oito começamos a rodar. Segundo ponto de encontro e no meio da estrada um bom café. Rumo a Casimiro de Abreu, desvio pruma estradinha para Barra do Sana. A partir daí é um rafting terrestre. A estrada é muito ruim, mas a paisagem muda e aos poucos vc ve o q te espera, rio com águas cristalinas, montanhas e muito verde.


Dormir numa barraca de 2 lugares é relevante claustrofobicamente falando. A noite foi longa. Meu jantar, como o almoço, foi café com queijo. Os grupos animados cantavam MPB com viola e percussão, alem de vocalizações tão animadas qto desafinadas. Isso é o inferno.
A saturação aumenta, pois o cansaço é real, a vontade de dormir tbém, assim como a consciencia de q o dia seguinte esta chegando e a trilha de 4h é punk. Vc começa a pensar em chacina de famílias quando lá fora cantam milton nascimento, pq diabos alguem tem de cantar Maria Maria sempre nesses encontros acústicos? To quase dormindo qdo a fome aperta. Pego minhas panelas, dois saquinhos de sopa instantanea e vou a cozinha do camping. O consumo da marvada faz parte do roteiro dos outros grupos, churrasco e comilança também. A cozinha esta uma zona. Pior é descobrir q não tem fósforos, só caixas vazias. Depois de uma hora e meia dentro do domingo do pombo, consigo acender uma boca de fogão. Qdo minha agua esta fervendo, minhas sopinhas secas no copinho aguardando a hidratação, lógico aparece alguem pra fritar uma linguiça. To uma bicha sensível, o cheiro de carne frita me deixa enjoado. Vou engolir minhas sopas longe dali. De barriga forrada volto pro meu cocoon e vou conseguir dormir quase 3h da manhã. Acordo com a alvorada poucas horas depois. O pessoal encara o café da manhã, deste pra variar consumo o queijo. Em priscas eras o pão, o bolo e principalmente o presunto seriam muito bem usados pelo Tulio, q certamente não chegaria ao Peito do Pombo algumas horas adiante.
Antes das 8h estavamos na trilha. Passamos a entrada das cachoeiras do dia anterior e seguimos, numa inclinação moderada, ritmo bom, descansos marcados nas fontes de agua q tem ao longo do caminho.
A trilha para o Peito do Pombo é um longo movimento de flanqueio. Vc "arrodeia" a pedra q a sustenta, o chato é ver q as indicações da trilha estão vandalizadas, como senão bastasse a dificuldade natural de encara-la, parece rolar um corporativismo local para q vc visite a pedra somente com os guias da terra. Bem vindos ao flowerpower do século XXI. Qdo vc começa a avistar o pombo no alto da Pedra, o gás aumenta.
Andamos até um rio com um tronco como ponte, prum cara consciente do peso e da pouca habilidade com obstáculos naturais devo admitir q piscou a situação lá embaixo. Mas grupo é grupo e dele veio a força: atravessa isso aí mané! tá com medinho? anda logo!!! Se vc não for eu não vou tbém.
Aí eu tive de ir. Sabendo q a volta seria pelo mesmo lugar. Entramos no pasto e o chão forrado de bosta e buraco é a gde fonte de atenção. O capim alto, camufla e engana. O tombo pode ser duro, pq alguns buracos são mais fundos q uma perna. Muita bosta de vaca, algumas secas e antigas, fariam a felicidade de quem cultiva plantas em pequenos espaços. Lembrei do meu avô. Ele me levava ao pasto de São João Nepomuceno para catar bosta seca para espalhar no jardim da casa. Bosta molhada queima a planta.
Bosta seca tbém é veículo QSP do cânhamo consumido por filósofos e vagabundos. Lembrei também de doces amigos fumadores de bosta de vaca. Fui punido por Jah e tomei mais um tombo. O terceiro só na ida. Finalmente chegamos na saída do pasto e ali fizemos a foto oficial da jornada.


As 8:30 da noite eu ja estava jogando minha cargueira no chão da minha casa, louco pra ver as fotos q fiz e principalmente ver as fotos alheias as minhas, com a certeza de q esta jornada valeu muito a pena.
Até a próxima.

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