As coisas mudam, se vc se esforça e dá tempo ao tempo.
Isso é papo de velho indolente, de velho que sabe ou apenas de um velho que segue adiante entre erros e acertos. Velho fugitivo não tem direito de ser indolente. Não sou velho nem sábio, devo estar ali na opção três. Todavia confesso que o tal de tempo inflama os ovos. ë dureza lidar com ele.
As vezes eu tenho de contemplar, a figura estática de um quadro pode ser muito prazerosa, mas a realidade fugidia não é. Lenta ela hipnotiza, se movendo quase estáticamente, até o momento do bote, rápido e inapelável. Estar entre o bote e a distancia efetiva entre o contemplativo e o toque.
O tempo é o complicado. A dinâmica toda da vida se relaciona com ele. O tempo dramático, o tempo do riso. Quando é pergunta chave em investigações criminais e entrevistas de emprego. Em pagamentos tbém. Não importa quanto se saiba o quando sempre trás algo desconhecido, ao menos nas questões que realmente interesam.
Quando estarei livre da fuga? apesar de saber, que no meu caso a fuga é eterna, ou seja, esse quando é conhecido, aberto e infinito. Não posso negar que não é satisfatório, quase sempre me aborrece e agora esse limiar de troca de fase me complica a cabeça ainda mais.
As coisas que antes se moviam em matrix inversa, lembram? Eu lento e tudo rapido a minha volta. Agora possuem variadas velocidades, minha e do entorno. As vezes saltam, as vezes travam, mas tbem andam em velocidade normal.
Difícil viver o novo com tantos reflexos do passado. Reflexos vem do córtex profundo, não tenho como racionáliza-los. Ou aprendo a conviver com estas marcas ou elas erodirão e me jogarão morro abaixo novamente.
Meu tempo anda. Nào está mais assim do meu lado como dizia aquela velha canção dos Stones.
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