
Ontem foi um dia foda. Eu procuro não escrever palavras deste naipe por aqui, não por moralismo ou alguma coisa de política correta. Estou usando simplesmente para ser sintético com a experiência de subir a pedra da Gávea pela primeira vez. Foi foda!
Depois de operado, eu fui compulsóriamente expulso do mundo sedentário em que vivia. Comecei ainda em convalescencia na casa do meu Pai a andar no meu limite. Lá atrás, era andar por S. Cristóvão. Voltei pra casa e coloquei na cabeça q deveria ter minha academia de custo zero.

Retomei hábito antigo de andar pelo bairro. Em breve comecei a subir, ladeira caminhada, acelera o coração, diferentemente do plano q o mantem numa zona de conforto. Aos poucos, consegui chegar na pracinha do alto e daí busquei a manutenção e o mais além. Conheci o pessoal do
Trilhas do Rio de Janeiro. Daí pra gostar de andar em meio de mato foi fácil.

Cada trilha q faço em grupo, reforça a minha vontade de melhorar individualmente. O coletivo pode me ajudar ate mesmo qdo estou sozinho. Um exemplo disso pode ser facilmente observado nesse grupo de trilheiros com quem tenho andado neste pós vida de bucho reduzido. Nào me interesso se por amor ou raiva, o q interessa é q vc querendo participar de um grupo de atividades ao ar livre, busca se condicionar e manter algumas regras e hábitos, que ajudam no objetivo de manter uma carcaça condizente com o motor embaixo do capô.

É legal ver tbém, o ridículo alheio e rir um pouco de vc mesmo q de qdo em qdo repete malarias egoístas. Ser ranzinza e reclamar do coletivo fazem parte. O problema ocorre qdo vc realmente começa a se achar mais do q realmente é. Se vai reclamar da galera, tenha certeza de não precisar dela adiante. Essa certeza nunca existe. Se existir, saiba q é bem provavel q o caminho ou o acaso poderão pregar uma peça bacana logo ali adiante. Aí vc vai ter de exercitar a humildade e pedir ajuda. O coletivo pode ajudar sempre.

A trilha da pedra da Gávea é uma aventura urbana com todas as nuances e desafios de qquer passeio de ecoturismo de mil dolares mundo afora. Tem trilha leve, pesada, escalaminhada, rapel e lógico belas vistas, cachoeira e pra quem gosta como eu, lama, poeira e muita ralação.

O lado urbano pop tbém está lá, é patético ver carros no início da trilha, lamentável o cheiro de bosta e urina humana ao longo da trilha, sujeiras levadas por nossa espécie. Bitucas de cigarro, tampinhas plásticas, restos egoistas de gente q peca por negligencia e preguiça, comprometendo um lugar q está lá a mais de 100 mil anos e deveria estar mais um milhão. Mas nossa boçalidade, compromete esse futuro. Com certeza tem muito ecofriend fazendo cagadas no meio ambiente. Literalmente.

Recomendo a todos esta viagem dentro da cidade do Rio de Janeiro. Dura e recompensadora.
3 comentários:
É, Bambino... Cansei de fazer trilhas e retornar pro asfalto cheio de garrafas pets, pacotes de biscoito e outros lixos que, se não recolhido, levarão centenas de anos (ou milhares) para se decompor. É triste ver como há tantas pessoas praticantes de passeios ecológicos sem a menor consciência ecológica. É o pensamento medíocre de que um papel de bala não é capaz de causar estrago. Se o indivíduo consegue subir uma trilha com uma garrafa pet cheia de água, como não consegue descer com ela vazia?
Falando de coisas boas... "foda" realmente é o vernáculo que melhor enfatiza o gratificante passeio que fez. Eu considero a Pedra da Gávea meu quintal e é sempre com muita emoção que volto à ela. Parabéns por mais esta conquista e espero em breve ter o prazer de sua companhia em uma dessas aventuras.
Luz e força.
Valeu Cliver, o mais idiota é depois ver essa cambada com camisetas em defesa do mico leão, enchendo saco com filigranas politicamente corretas e muito papo furado com essa prática de vida negativa.
Qtoa Pedra da Gávea, respeito pacas trilha dura e traiçoeira.
Mas eu volto.
Lê-lo é sempre bom!
Interessante como essas letrinhas mágicas, mesmo aquelas cujo "naipe" não vemos nos livros por aí, encaixam-se perfeitamente em teus textos.
Sou uma admiradora!
Não somente de tua força de vontade, nem mesmo pela ótica em que vês a vida, e defendes teus pontos de vista como ninguém, muito mais o sou pelo privilégio de ter-te olhado nos olhos e rido de tuas façanhas.
Que venham muitas, que venham mais, muitas mais...
Que o caminho seja qual for. Tortuoso? Sim, porque não? Afinal, de que valem as pedras no caminho se não as notarmos?
Torço por ti e por ver, neste espaço, mais aventuras de um jovem que é grande!
Se cuida, moço!
Ana :o)
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