
O que um homem pode fazer para se destacar da pasmaceira comum do viver?
Amizades, acordos, família, sociedade, clubes, dinheiro, mulheres, trabalho, correção, porres, jantares, almoços, bom gosto, popularidade, mistério, charme, simplicidade, carisma, discrição. Uma lista infinita de gdes incongruências, mostram q se viver não é uma arte, ser lembrado após seu encerramento é.
Meu avô foi um cara correto, nascido no início do século passado, Minas Gerais, filho de imigrantes italianos teve vida dura, daquelas q fazem a gente chorar. Com 12 anos já trabalhava e fazia grana pra dentro de casa com qualificação primária. Casou cedo, viveu seu tempo trabalhando como vendedor itinerante e empreendedor sazonal. Era durão, com código de Samurai. Foi autodidata. Afinal, sem escola era ler o q viesse ou perecer na multidão. Lembro q gostava de um vinho, mas não era festivo.
Morreu em 1985, morou um tempo comigo e com meu Pai. Na fase mais desgraçada da minha vida, a fase em q vc sai de criança pro projeto de gente q se quer ser, sem saber nada do q está por vir. A idiotia mais completa se resume a adolescencia.
Meu Avô foi homenageado pelo poder público da Cidade que elegeu como sua. Como quase toda homenagem, veio muito depois de sua morte. Alegra e reúne familiares e amigos em torno de valores de tempos idos. Resta-nos agradecer este marco as pessoas envolvidas, presentes em corpo e espírito.
Personagens da história de vida de um cara q sabia fazer muita coisa além do esperado.
Obrigado Bruno Bambino!